quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aumenta a concentração de fuligem na Amazônia

Queimada em floresta no Pará lança fuligem na atmosfera. (Foto: Ibama/ Divulgação)


Aerossóis teriam ajudado a agravar seca em áreas, diz pesquisador.

Emissão é maior em agosto e setembro, período com menos chuvas.

A equipe de Qualidade do Ar do CPTEC/Inpe – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou nesta quarta-feira, dia 10 de novembro, dados um tanto quanto preocupantes com relação à Amazônia: a concentração de fuligem – partículas pretas emitidas no ar durante as queimadas e conhecidas como “aerossóis” pelos especialistas – aumentou significativamente nos anos de 2008 e 2009. 

De acordo com os pesquisadores, há dois anos a quantidade de fuligem na Amazônia era inferior a 0,1 AOD – Espessura Ótica do Aerossol. Hoje, no entanto, os sensores do Instituto chegaram a registrar picos acima de 1 AOD durante as queimadas na região, que são mais intensas nos meses de agosto e setembro. 

A alta concentração de fuligem na Amazônia pode comprometer seriamente o clima da região nas áreas onde há ocorrência de queimadas e, também, em outras localidades. Isso porque, segundo estudos recentes e preliminares sobre o assunto, essas partículas poluentes afetam o regime de chuvas da área e, consequentemente, intensificam as secas amazônicas. Além disso, as partículas são facilmente espalhadas pela ação do vento, prejudicando outras regiões do país. 

A fuligem ainda representa um sério risco para a saúde das pessoas que vivem em locais onde a concentração da substância é considerada acima do normal. Segundo especialistas da área de saúde pública, inalar essas partículas poluentes, de forma constante e em grande quantidade, pode aumentar significativamente o risco de doenças respiratórias. 

            www.globoamazonia.com



Nenhum comentário:

Postar um comentário